CASSI alega prejuízo, mas CNSaúde alerta para alguns fatores
14/09/2018
No início do mês o plano de saúde CASSI divulgou que acumula um déficit de mais de 380 milhões de reais no primeiro semestre deste ano. Número quase seis vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Preocupada com o desequilíbrio econômico-financeiro da operadora, a CNSaúde emitiu nota oficial para esclarecer alguns fatores aos prestadores e ao público em geral.
De acordo com a Confederação, o plano Cassi apresentou resultado POSITIVO de 107 milhões 885 mil e 261 reais, em 2017, levando em consideração as receitas operacionais e as receitas abatidas as despesas assistências ou despesas com médicos e estabelecimentos de saúde.
O desequilíbrio apontado pelo plano é de responsabilidade exclusiva das despesas não assistenciais. Com isso, a CNSaúde solicita que a CASSI reavalie essas despesas.
A confederação critica a forma de remuneração atual, fee-for-service, por gerar graves desequilíbrios de relacionamento entre operadoras e prestadores, por comprometer a saúde financeira dos prestadores e agravar o risco na qualidade da assistência ao Usuário.
Confira abaixo a nota da CNSaúde na íntegra:
A CNSaúde preocupada com a nota oficial da Cassi acerca do desequilíbrio econômico financeiro da operadora disponível neste link, esclarece aos prestadores e ao público em geral.
Ao contrário do que pode parecer o plano Cassi apresentou resultado POSITIVO de R$107.885.261, em 2017, quando consideradas as receitas operacionais somadas a outras receitas abatidas as despesas assistências ou despesas com médicos, hospitais, laboratórios, médicos e demais profissionais de saúde;
O desequilíbrio apontado em 2017 foi responsabilidade exclusiva das despesas não assistenciais, que transformou o resultado positivo em PREJUÍZO de R$332.899.172, ;
Conclamamos a CASSI a reavaliar a pertinência das despesas não assistências, direcionando seus esforços e recursos à garantia da efetiva prestação de serviços assistenciais;
A CNSaúde concorda que o modelo de pagamento fee-for-service, majoritário, aplicado no Brasil não encontra ressonância com a certeza de uma assistência efetiva com menor custo e focado na prevenção.
A CNSaúde critica a forma de remuneração atual que gera graves desequilíbrios de relacionamento entre operadoras e prestadores, compromete a saúde financeira dos prestadores e agrava o risco na qualidade da assistência ao Usuário. Não faríamos críticas sem propor uma alternativa que contemplasse foco na prevenção da saúde, menor custo com assistência curativa, fixação do índice de sinistralidade para a operadora e para Usuário, eliminação de toda e qualquer burocracia para autorização de procedimentos e redução drástica das despesas não assistenciais, tudo simultaneamente, através do modelo de CAPITATION REVERSO, já apresentado à sociedade e em implantação, inicialmente na Bahia.