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Em pesquisa do Idec, 80% relatam problemas com planos de saúde

11/12/2020
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No meio desta pandemia de Covid-19, cerca de 80% dos consumidores que responderam a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), relataram ter tido problemas com seus planos de saúde. Entre esses, a maioria (56%) se queixou de reajustes, seja anual ou por faixa etária.

 

Quase a metade dos entrevistados, 46%, declarou ainda ter tido dificuldades diretamente relacionadas à pandemia. Entre as principais reclamações estão demora na marcação de consultas e exames, negativa de cobertura de teste para diagnóstico da Covid-19, ausência de laboratórios, consultórios ou hospitais para realizar o procedimento, e a consequente demora para que testes ou consultas relacionadas à Covid fossem feitos.

 

A pesquisa, feita por e-mail e redes sociais, ouviu 518 pessoas, entre 25 de agosto e 20 de outubro.

 

- Altos reajustes são queixas recorrentes entre consumidores de planos de saúde, mas neste momento, em que a a renda da população brasileira foi comprometida pela crise econômica e sanitária e os lucros das operadoras apenas aumentaram. A pesquisa dá sinais para onde o regulador precisa olhar: capacidade de pagamento e permanência no plano. E isso porque a recomposição do reajuste ainda não começou. Em janeiro isso vai estourar com a recomposição dos aumentos suspensos durante a pandemia e o reajuste do ano que vem - ressalta Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Idec.

 

No dia 19 de novembro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu a forma de recomposição dos reajustes suspensos entre setembro e dezembro deste ano por causa da pandemia. O parcelamento do valor poderá ser feito em 12 vezes iguais.

 

Das 290 pessoas que reclamaram de reajuste, 137 queixaram-se do aumento anual e 39 daquele aplicado pela mudança de idade. Há um grupo que teve problema com os dois tipos de reajustes, que representa quase 20% do total de entrevistados, 114 pessoas.

 

- As reclamações sobre testes são sinais de que os parâmetros para cobertura estabelecidos pela ANS estão na verdade fazendo com que os consumidores paguem do próprio bolso pela testagem. A ANS precisa multar com rigor quem atrasa o PCR, ou não adianta - diz Ana Carolina.

 

No ranking das queixas, estão ainda relatos de problema com a demora para marcação de consultas e exames de forma geral, apontado por cerca de um terço dos internautas que responderam a pesquisa. Outros 17% reclamaram de mudanças na rede credenciada por outra de menor qualidade.

 

Fonte: O Globo

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